15 outubro 2006

Debate das Acusações: Segundo Bloco



Fonte: UOL Eleições

O segundo bloco do debate entre Lula e Geraldo Alckmin seguiu o padrão do primeiro, com muitos ataques entre os candidatos. O tucano voltou a falar dos escãndalos de corrupção que ocorreram durante o governo Lula, e insistiu em saber a origem do dinheiro que comprou o dossiê contra José Serra. Já Lula falou de episódios que remontam ao governo de FHC, e questionou: "Por quê não puseram o Fernando Henrique aqui, vergonha?". No início, Lula voltou a falar das 69 CPIs que Alckmin teria engavetado em sua administração. Antes de responder, Alckmin também retomou um assunto do primeiro bloco e disse que não é preciso tortura para descobrir a origem do dinheiro que comprou o dossiê. Sobre as CPIs, o candidato do PSDB citou o regimento da Assembléia Legislativa de São Pauço, que obriga que os pedidos de abertura de investigações devem ser votados em plenário.

Em seguida, Alckmin passou a falar do Rodoanel, que segundo ele é "a obra mais barata do Brasil". Sobre a participação federal nesta iniciativa, o tucano foi enfático ao falar que "o governo do Lula é contra o Rodoanel". Lula ironizou Alckimin, que reclamou que o petista apenas lia as suas perguntas, sem ter certeza das saus afirmações. "Eu não sei se o candidato se incomoda com o fato de eu ler, mas eu vou continuar lendo para não cometer nenhuma leviandade". O tucano voltou a falar sobre os escãndalos de corrupção, em especial do indiciamento de cinco ministros do governo Lula. "Eu não me omito, eu não jogo nas costas do governo as minhas responsabilidades", disse Alckmin sobre a falta de ação do presidente em relação a esses episódios, que chamou de "estranhos".

A reação de Lula foi dizer que "o estranho não é ter ministro envolvidos, o estranho é ter os ministros envolvidos punidos", e citou que o princípio da ética é "cortar na própria carne". Alckmin replicou, e disse que Lula não cortou na carne, já que os ministros não foram demitidos, e sim pediram demissão, e acusou o governo do petista de ser "violento com os pequenos", como o caseiro Francenildo, que teve seu sigilo bancário quebrado após acusar o então ministro da Fazenda Antonio Palocci de participar de reuniões com lobistas em Brasília, e "pequeno e fraco, fraquíssimo", contra os grandes erros de sua administração. Lula disse que o mais importante não é dizer que seu governo não tem corrupção, e sim punir com rigor os corruptos quando eles surgiram.

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